Depois de quase três décadas de restrição, São Paulo pode estar prestes a rever uma das regras mais polêmicas do futebol brasileiro: a proibição da venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios. Um acordo firmado entre o governo estadual, o Ministério Público, a Polícia Militar e a Defensoria Pública abriu caminho para a liberação, colocando fim à condição de São Paulo como o único estado do país a manter a restrição.
A medida ainda precisa do aval da Assembleia Legislativa (Alesp), mas reacende a expectativa dos torcedores que desejam viver novamente a atmosfera completa das arquibancadas emoção do jogo, vibração coletiva e o tradicional copo de cerveja em mãos.
O deputado Delegado Olim (PP), responsável por receber a minuta do projeto, destacou que o momento é de avanço e integração. O texto prevê critérios sobre teor alcoólico e normas de consumo, contando com amplo apoio dos clubes, especialmente os do interior.
A proibição teve início em 1995 e foi reforçada em 2003 pelo Estatuto do Torcedor, com uma única exceção em 2014, durante a Copa do Mundo, quando o clima de festa retornou temporariamente aos estádios brasileiros. Agora, a expectativa é de que São Paulo se alinhe aos demais estados, trazendo de volta não apenas uma bebida, mas uma tradição ligada à celebração e ao convívio social no futebol.
Se aprovado, o projeto representará o fim de uma era de arquibancadas sem álcool e abrirá um novo capítulo na experiência do torcedor paulista. Resta ainda outro desejo dos apaixonados pelo esporte: a liberação da presença de torcidas visitantes nos clássicos, suspensa desde 1996.














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