Pelo método Wolbachia de controle biológico, vírus da doença não se desenvolve no Aedes aegypti
De janeiro a meados de março, São José dos Campos registrou 1.131 casos de dengue; outros 4.172 estão em investigação. Ao longo de 2024, foram mais de 97 mil casos e 117 mortes pela doença transmitida pelo Aedes aegypti. O mosquito também é vetor de outras arboviroses, como zika, chikungunya e febre amarela, que já teve uma morte registrada na cidade esse ano.
As ações de combate incluem a conscientização da população para impedir a proliferação de criadouros das larvas do mosquito e a nebulização de inseticida (fumacê). Um projeto de lei em tramitação na Câmara de São José dos Campos propõe a adoção do método Wolbachia de controle biológico.
Apresentado pelo vereador Rafael Pascucci (PSD), a técnica consiste em inserir a bactéria Wolbachia em ovos do mosquito em laboratório, pois ela impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam. Eles são liberados para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais, estabelecendo gradualmente uma nova população dos mosquitos com a bactéria.
O autor da proposta argumenta que cidades como Niterói, Joinville, Belo Horizonte e Petrolina já observaram redução no número de casos e de óbitos após implantação do controle biológico. “Nosso município também poderá obter esses benefícios nos anos subsequentes e se tornar uma referência no Vale do Paraíba no controle da proliferação das enfermidades causadas pelo Aedes Aegypti”, justifica o parlamentar.
O projeto está em análise pelas comissões de Justiça, Economia e Saúde com prazo para os relatores até 26 de março.














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