Nos bastidores da política local, o silêncio ainda é uma das armas mais usadas — e mais perigosas. Em nome da conveniência, alguns representantes preferem ignorar atitudes questionáveis de quem ocupa cargos no Executivo, mesmo quando tais comportamentos colocam em xeque os valores éticos e morais que eles próprios dizem defender.
O que se observa é uma contradição cada vez mais evidente entre o discurso público e a prática privada. Autoridades que se apresentam como guardiãs da moral acabam adotando a omissão como estratégia, evitando críticas para não perder espaço ou favores políticos.
Esse tipo de comportamento fragiliza a confiança da população nas instituições e reforça a sensação de impunidade. A ética, quando seletiva, deixa de ser virtude e se transforma em instrumento de conveniência. O papel do verdadeiro líder — político ou religioso — deveria ser o de zelar pela coerência e pelo exemplo, mesmo quando isso custa alianças ou popularidade.
A sociedade espera transparência, coragem e responsabilidade de quem ocupa cargos públicos ou representa valores coletivos. Fingir que nada acontece é compactuar com o erro. O poder, quando não é fiscalizado, se torna terreno fértil para abusos — e a moral, quando se cala, perde o direito de ser referência.














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Eu diria que muitos deles fazem no público o que fazem na privada literalmente.
Há um costume político que transcende nosso tempo, no qual “boca fechada não entra mosquito” e nem se compromete.
Assim são personalidades que assumem compromissos mas não se prestam a defender ideias que possam ser antagônicas perante seus eleitores e seguidores.
Literalmente estão sempre ao lado de cá… ou de lá.