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    Paraibuna realiza encontro voltado ao Transtorno do Espectro Autista (TEA)

    No dia 06 de Setembro, a Câmara Municipal de Paraibuna será palco de um grande encontro voltado a profissionais, familiares e todos que desejam compreender melhor o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
    Das 8h às 17h | Evento gratuito | Inscrições abertas!
    Entre os temas de grande relevância, destacamos a palestra da Dra. Renata Bertran, neuropsicóloga especialista em avaliação e intervenção no TEA:
    “A Importância do Diagnóstico Tardio de TEA”
    Uma abordagem fundamental para reconhecer os sinais que muitas vezes passam despercebidos durante a infância e só são identificados na adolescência ou vida adulta. A palestra traz luz à realidade de muitas famílias e indivíduos que convivem com o autismo sem um diagnóstico formal e, muitas vezes, sem o suporte adequado.
    Entender o diagnóstico tardio é essencial para garantir mais qualidade de vida, acolhimento e direcionamento terapêutico.

    Palestrantes do evento:

    Pollyana Vieira Lemos 
    Neurocientista n° SBNec 16557/21

    Entendo o Cérebro Atípico desafios e desenvolvimento no TEA

    Renata Bertran
    Neuropsicóloga CRP 06/62878
    Neuropsicologa

    A importância do diagnóstico tardio

    Ana Luiza Melo Nascimento

    Farmacêutica – CRF 97472- O papel da medicação e suplementação no tratamento do autismo.

    Luana Carvalho
    Dentista – CRO: 105.640

    Respiração Bucal: Impactos na Saúde Infantil e no Desenvolvimento

    Rodrigo Tavares 

    Sexólogo e Psicanalista Sexualidade sem Tabus: Desmistificando a Vida Afetiva de Pessoas com TEA e Síndrome de Down

    Carla  Kühl  
    Advogada – OAB/ SP 387.524

    Direitos Legais  dos Austistas e seus familiares

    Ana Clara Lollobrigida 
    Psicóloga – CRP 06/220360

    Autismo Não É Um Só: explorando o processo diagnóstico e a diversidade infantil

    Amanda Chaves
    Psicóloga – CRP 06/161995
    Especialista em ABA- A atuação do acompanhante terapêutico e a Ciencia ABA
    Participe dessa jornada de conhecimento, escuta e acolhimento!
    Silvia Nascimento e Dra. Pollyana Vieira – Violuntárias de uma Associação que está em formação, buscando apoio da sociedade, como o Presidente da Assembléia Legislativa de SP – André do Prado e da Prefeita de Paraibuna – Profª Helô.

    O que é o transtorno do espectro autista (TEA)?

    Mais conhecido como autismo, o transtorno do espectro autista é uma condição neurológica que se manifesta geralmente na infância, pode persistir ao longo da vida e afeta o desenvolvimento social (dificuldade para acompanhar conversas), comunicativo (repetições de palavras) e comportamental.A denominação “espectro” é devida à ampla variação de sintomas e níveis de gravidade que podem ser observados em indivíduos diagnosticados.

    As pessoas com transtorno do espectro autista podem enfrentar desafios na interação social e na fala. Algumas também podem ser sensíveis a estímulos sensoriais, como luzes, sons e texturas.

    Sintomas

    Os sintomas do transtorno do espectro autista variam, mas são geralmente observados nas áreas de interação social, comunicação e comportamento. Algumas das dificuldades das pessoas que estão no espectro podem resultar em sintomas como:

    • dificuldade para manter o contato visual, como resistência em olhar no olho de alguém durante uma conversa
    • limitações para reconhecer expressões e emoções faciais, como ironia, posturas e imitações
      comportamentos repetitivos, como gestos em momentos inapropriados
    • sensibilidades sensoriais, em que entender estímulos como cheiros, sabores e texturas pode ser um obstáculo

    Tipos

    A classificação do transtorno do espectro autista é organizada entre:

    • TEA clássico: o grau de comprometimento da pessoa pode variar, mas uma característica frequentemente observada nesses casos é o indivíduo ser mais voltado para si. Geralmente, não estabelece contato visual com as pessoas, nem com o ambiente. Compreende enunciados simples, mas possui dificuldade de compreensão e entendimento de metáforas e frases de duplo sentido. Nas formas mais complexas, o indivíduo demonstra ausência completa de qualquer contato interpessoal
    • TEA de alto desempenho: o indivíduo pode apresentar características semelhantes ao TEA clássico, porém, em menor intensidade na maioria das vezes. Consegue se comunicar com maior facilidade, sendo até mesmo confundido com gênio nas áreas em que mais se interessa
    • distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação (DGD-SOE): o indivíduo apresenta dificuldade de comunicação e de interação, mas os sintomas não são suficientes para incluí-lo nas demais categorias do transtorno do espectro autista

    Diagnóstico

    O diagnóstico do transtorno do espectro autista é realizado por um grupo multidisciplinar de profissionais, como médicos(as), psicólogos(as) e psiquiatras, com base em uma avaliação completa do desenvolvimento e do comportamento da pessoa.O processo diagnóstico em crianças envolve normalmente entrevistas com os pais, familiares próximos e/ou cuidadores. A coleta de informações sobre o desenvolvimento dos pequenos, observações diretas do comportamento e suas interações sociais são fundamentais nesse processo, que também inclui avaliações que identificam padrões de comportamento associados ao autismo.

    Já em adultos, o diagnóstico é feito por meio de avaliações conduzidas por profissionais da saúde, como psicólogos(as) e psiquiatras especialistas em transtorno do espectro autista. O paciente é questionado sobre os sintomas que já identificou, transtornos relacionados à comunicação e socialização e padrões de comportamento.

    Transtorno do espectro autista em crianças e adolescentes

    Receber o diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) desperta sentimentos diversos nas famílias, como surpresa, preocupação e alívio por obter esclarecimentos sobre comportamentos observados. Crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista podem apresentar padrões específicos de comportamento, incluindo interesses limitados e repetitivos. Algumas manifestações comuns são movimentos repetitivos, como balançar-se, girar ou agitar as mãos, e comportamentos que podem causar danos físicos, como morder-se ou bater a cabeça. Frequentemente, eles também desenvolvem rotinas específicas e podem se incomodar com pequenas mudanças.À medida que crescem, muitas crianças com TEA passam a socializar-se mais e apresentam menos alterações comportamentais, especialmente aquelas com sintomas mais leves. No entanto, algumas continuam enfrentando dificuldades significativas nas habilidades sociais e de comunicação. Durante a adolescência, certos desafios emocionais e comportamentais podem se intensificar, reforçando a importância do acompanhamento especializado contínuo.

    O diagnóstico precoce e o tratamento com orientação profissional especializada têm papel fundamental no desenvolvimento das habilidades sociais, comunicativas e de autonomia das crianças e adolescentes com TEA. Uma abordagem multidisciplinar, envolvendo tanto a criança quanto sua família, favorece a construção de um ambiente acolhedor, que impulsiona o crescimento individual e fortalece a independência e qualidade de vida de todos os envolvidos.

    Tratamento

    Embora não haja uma cura para o transtorno do espectro autista, seu tratamento pode auxiliar no desenvolvimento de habilidades, minimizar desafios e impactar positivamente a qualidade de vida dos pacientes.É importante ressaltar que o tratamento é individual. Ele considera as necessidades e características de cada um no espectro autista, como idade, nível de funcionamento e sintomas.

    Ter uma rede de apoio é fundamental. O treinamento de responsáveis e apoio psicoeducativo podem auxiliar a família a entender melhor o transtorno, desenvolver estratégias que promovem a interação social e o desenvolvimento da criança.

    Já o tratamento para adultos no espectro autista é normalmente feito com médicos especialistas. O principal objetivo da terapia é auxiliar o paciente a desenvolver suas habilidades sociais, gerenciar o estresse e responder a mudanças repentinas.

    Prevenção

    Não existe uma forma de prevenir o transtorno do espectro autista, mas há opções de tratamento. O diagnóstico e a intervenção precoces são muito importantes, pois podem melhorar o desenvolvimento da linguagem, das habilidades e do comportamento. Entretanto, a intervenção é benéfica em qualquer idade. Embora, em geral, os sintomas do transtorno do espectro autista não desapareçam completamente ao longo do tempo, as crianças podem aprender a desempenhar adequadamente suas atividades diárias.

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