Na última terça-feira (27), a Polícia Civil deflagrou uma operação contra a falsificação de cervejas nas cidades de Guaratinguetá e Aparecida, localizadas no Vale do Paraíba. Intitulada “Santo Rótulo”, a ação foi conduzida pela 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), com a mobilização de 18 agentes e o uso de sete viaturas.
Durante a ofensiva, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, com destaque para a descoberta de uma fábrica clandestina que modificava rótulos e tampas de cervejas comuns, comercializando-as como se fossem marcas premium, como Brahma, Skol e Original. No local, foram encontrados mais de 200 engradados, muitos dos quais já haviam sido adulterados e estavam prontos para a revenda.
Em uma distribuidora associada ao grupo investigado, foram achados mais de 150 engradados contendo bebidas suspeitas. A operação também recolheu documentos e aparelhos celulares, que agora serão analisados com o objetivo de identificar outros envolvidos no esquema.
Segundo a investigação, a fraude era parte de uma rede organizada, que utilizava empresas em nome de terceiros para armazenar e distribuir as bebidas falsificadas. Diversos pontos de venda, como padarias, mercadinhos, distribuidoras e pequenos comércios, estavam sendo usados para introduzir os produtos adulterados no mercado.
Suspeitos Mapeados
Apesar de nenhuma prisão ter sido efetuada até o momento, a polícia já identificou os principais suspeitos, entre eles o operador do depósito irregular, a pessoa responsável pela adulteração física das bebidas e integrantes da rede de distribuição.
A ação contou com o apoio da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), entidade que representa fabricantes como a Ambev. Essa parceria foi essencial para a detecção inicial das garrafas falsificadas.
O caso começou a ser investigado após a apreensão de uma carga de alimentos desviada, o que levou os investigadores a rastrear o esquema de falsificação de bebidas. O material recolhido será submetido à perícia técnica, e os suspeitos poderão ser responsabilizados por infrações contra a saúde pública, o consumidor e a ordem econômica.
A Polícia Civil alertou que esse tipo de crime representa riscos à saúde dos consumidores, causa danos financeiros e gera concorrência desleal no comércio.














Deixe um comentário