Nesta quarta-feira (4), o Estado de São Paulo lançou oficialmente um novo sistema de alerta emergencial, que promete melhorar a comunicação em situações de risco de desastres naturais. A tecnologia, baseada no sistema globalmente reconhecido como Cell Broadcast, possibilita o envio automático de mensagens diretamente aos celulares das pessoas localizadas em áreas identificadas como de risco pela Defesa Civil.
O diferencial desse sistema é que as mensagens aparecem sobrepostas na tela do celular, acompanhadas de um som de alerta, mesmo que o dispositivo esteja no modo silencioso. Isso torna o aviso impossível de ser ignorado e de fácil compreensão, alertando sobre riscos iminentes, como inundações, deslizamentos de terra, enchentes e tempestades. Além disso, as mensagens podem fornecer orientações sobre rotas de evacuação e locais seguros, auxiliando a população a se proteger de forma mais eficiente.
Ao contrário de outros métodos, como o envio de mensagens SMS, o sistema de alerta emergencial não exige cadastro prévio ou indicação de CEP. A transmissão do aviso é automática para qualquer celular conectado a antenas 4G ou 5G na área afetada, eliminando a necessidade de qualquer ação por parte dos usuários.
Pioneirismo nos testes
São Paulo teve um papel fundamental na implementação dessa tecnologia. Em agosto, a Defesa Civil realizou testes na Vila Sahy, em São Sebastião, uma região que já enfrentou grandes desastres naturais no passado. Esses testes comprovaram a eficácia do sistema e foram fundamentais para ajustes antes do lançamento oficial.
O diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Augusto Braun, visitou o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) em novembro para acompanhar uma avaliação interna do Cell Broadcast. Durante sua visita, ressaltou a importância dessa inovação na gestão de crises e proteção da população.
Expansão nacional planejada para 2025
A nova ferramenta será ampliada para todos os municípios das regiões Sul e Sudeste até o final de 2024. O objetivo é que até 2025 todo o território nacional esteja coberto pelo sistema, fortalecendo a capacidade do Brasil de mitigar os impactos de desastres naturais e proteger vidas.














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