A cantora Nana Caymmi faleceu nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por seu irmão, o também músico Danilo Caymmi. Nana estava internada na clínica São José, em Botafogo, na zona sul da capital fluminense, desde agosto do ano passado, para tratar uma arritmia cardíaca.
“É com imensa tristeza que comunico o falecimento da minha irmã, Nana Caymmi. Estamos todos muito abalados na família. Ela passou nove meses em sofrimento contínuo no hospital, em UTI, com várias complicações de saúde”, declarou Danilo em um vídeo publicado nas redes sociais.
Ele ainda pediu que a notícia fosse divulgada entre os admiradores da cantora em todo o país. “O Brasil perde uma artista extraordinária, uma das maiores intérpretes que este país já teve — cheia de emoção, com um estilo único.”
Com voz marcante e personalidade artística inconfundível, Dinahir Tostes Caymmi — nome de batismo de Nana — era herdeira de uma tradição musical ilustre: filha do compositor e cantor Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris. Sua trajetória na música começou em 1960.
Desde o início da carreira, Nana ganhou destaque dentro e fora do Brasil. Entre seus maiores sucessos estão clássicos como “Só Louco”, “Não se Esqueça de Mim”, “Cais”, “Resposta ao Tempo” e “Ponta de Areia”.
Em 2016, passou por uma cirurgia para retirada de um tumor na parede externa do estômago, o que a afastou dos palcos por um período. Já em 2019, gravou um álbum com obras de Tito Madi e, em 2020, lançou outro trabalho com canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.
Mais recentemente, em 2024, Nana voltou ao estúdio para gravar uma faixa com Renato Braz no álbum Canário do Reino, em homenagem a Tim Maia. Em agosto do mesmo ano, foi hospitalizada para tratar da arritmia cardíaca que a manteve internada até seus últimos dias.
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