A Polícia Civil de São Paulo desencadeou, na manhã de terça-feira (21), uma ampla operação voltada a desarticular um grupo ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), responsável por funções administrativas e de controle interno da facção. A ação mobilizou mais de 240 policiais e tem como meta cumprir 38 mandados de prisão preventiva e 110 de busca e apreensão em cidades da Grande São Paulo, entre elas a capital, Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos, Suzano e Mogi das Cruzes.
Até o momento, 17 pessoas foram presas, sendo dez delas identificadas como os “auditores” encarregados de fiscalizar as finanças e a operação de cerca de 80 pontos de tráfico de drogas, conhecidos internamente como “lojas”. Durante as buscas, os agentes apreenderam entorpecentes, celulares e documentos que serão submetidos à perícia.
De acordo com as investigações, os “auditores” exerciam funções administrativas dentro da facção, como o registro de novos integrantes, aplicação de punições internas e supervisão financeira dos pontos de venda. O grupo também era encarregado de assegurar o cumprimento das normas impostas pela organização criminosa.
Informações levantadas pelo serviço de inteligência apontam que cada ponto de venda poderia movimentar até R$ 700 mil por semana. A operação foi possível após meses de investigação, que começaram a partir de prisões anteriores, permitindo à polícia mapear a estrutura hierárquica e o modo de funcionamento do grupo.
Conforme a corporação, o foco é enfraquecer o setor administrativo e financeiro da facção na região metropolitana. Após os trâmites legais, os presos serão apresentados em audiência de custódia.














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