A mais recente pesquisa do Poder360 revela que a avaliação positiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu para 27%, o menor índice desde sua posse, com uma queda de 16 pontos percentuais desde janeiro de 2023. Enquanto 33% dos eleitores consideram sua gestão “ruim” ou “péssima”, a desaprovação se mantém estável, atingindo 48% de desaprovação. A pesquisa, realizada bimestralmente, indica uma erosão contínua da popularidade de Lula, que enfrenta dificuldades em consolidar apoio popular em um ambiente polarizado.
A situação se agrava com a alta do dólar e a incerteza sobre a saúde do presidente, que culminam em um cenário desafiador para a segunda metade de seu mandato. Lula tem enfrentado críticas por sua gestão econômica, alternando entre culpar o presidente do Banco Central e buscar protagonismo internacional, sem conseguir cortar despesas e cumprir metas fiscais. O futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, desafiou a narrativa de que a desvalorização do real se deve a ataques especulativos, ressaltando a falta de confiança no governo.
Além disso, o governo enfrenta um desgaste progressivo, com ministros manifestando desejo de deixar seus cargos, o que pode comprometer a governabilidade. A recente decisão do Superior Tribunal Militar de reduzir penas de militares envolvidos na morte do músico Evaldo Rosa também levanta preocupações sobre a justiça militar no Brasil. A falência da Sete Brasil, que gerou um rombo de R$ 5,6 bilhões, evidencia problemas estruturais na administração pública, enquanto a memória de líderes internacionais, como Angela Merkel, serve como um alerta sobre a importância da responsabilidade política.
Por fim, o governo Lula precisa reestruturar sua política de comunicação e ampliar o diálogo com formadores de opinião para enfrentar os desafios que se avizinham. A separação entre políticas de governo e de Estado é crucial para reconstruir a confiança do eleitorado, que se mostra cada vez mais exigente e desconfiado. A situação atual exige uma abordagem estratégica para evitar que a administração se torne ainda mais vulnerável em um cenário político complexo e polarizado.














Deixe um comentário