A Justiça de São Paulo determinou, nesta terça-feira (11/3), a prisão temporária de quatro indivíduos acusados pelo Ministério Público (MP-SP) por participação no ataque a um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ocorrido em 10 de janeiro, em Tremembé. O incidente resultou no falecimento de duas pessoas e deixou seis feridos por disparos de arma de fogo. Os nomes dos suspeitos não foram revelados.
A acusação, elaborada pelos promotores Daniela Michele Santos Neves e Alexandre Mourão Mafetano, junto com membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), indica que os delitos foram praticados com intenção cruel, ameaçando a segurança de diversas pessoas. Os acusados empregaram armas de fogo, atirando contra as vítimas em um cenário de disputa por terras.
Segundo as apurações, um dos acusados havia se apropriado indevidamente de um terreno no acampamento e, ao ser notificado de que não poderia ficar no local, ameaçou as vítimas. Ele afirmou que voltaria para “resolver o problema” e, naquela mesma noite, reuniu parentes e conhecidos para realizar o ataque. Os responsáveis efetuaram vários tiros, atingindo não só as vítimas diretas da contenda, mas também colocando em perigo a vida de outras pessoas que não estavam envolvidas na discussão.
O processo foi enviado à 2ª Vara da Comarca de Tremembé, que aceitou a denúncia e ordenou a detenção dos quatro acusados. As investigações prosseguem para identificar outros possíveis participantes do crime.














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