Embora essa conquista represente um grande avanço, o verdadeiro desafio agora é encontrar aplicações práticas para toda essa capacidade teórica.
O novo computador quântico da Alphabet superou o Frontier ao executar um algoritmo de referência, um teste projetado para avaliar as habilidades do sistema. Esse algoritmo fez, em apenas minutos, o que o supercomputador Frontier levaria mais de 10^24 anos para concluir – um tempo muito maior que a própria idade do universo.
Esse feito mostra uma aceleração impressionante em comparação ao que foi anunciado pelo Google cinco anos atrás, quando disseram que poderiam resolver um problema de 10.000 anos em apenas minutos. No entanto, embora o algoritmo não tenha aplicações práticas conhecidas no momento, essa demonstração é essencial para o futuro da computação quântica.
De acordo com Hartmut Neven, fundador do Google Quantum AI, o objetivo não é apenas na velocidade teórica, mas em provar que um computador quântico pode resolver problemas que são impossíveis para os computadores tradicionais. “Se você não consegue resolver ao menos um problema teórico, também não será capaz de resolver um problema prático”, afirmou Neven. A empresa pretende apresentar um caso de uso prático ainda em 2025, que apenas um computador quântico seria capaz de resolver.
Com bilhões de dólares investidos por governos e empresas de tecnologia ao redor do mundo, a promessa de supremacia quântica — que sugere a capacidade de resolver problemas muito mais rápido que os computadores clássicos — continua atraindo a atenção de investidores e especialistas. O objetivo é que, no futuro, a computação quântica não apenas revolucione áreas como segurança, inteligência artificial e simulações complexas, mas também ofereça vantagens comerciais e militares significativas.














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