A atriz Taís Araujo como a Raquel no remake de Vale Tudo; novela está prevista para março
Mais do que uma comemoração aos 60 anos da Globo, o remake de Vale Tudo vai ser fundamental para definir o futuro do horário nobre. A emissora vai partir para uma espécie de “tudo ou nada” com a novela das nove, em que um fracasso pode obrigar a líder de audiência a se contentar com patamares ainda mais baixos do Ibope.
Há duas décadas, um tropeço como o de Esperança (2002) até trazia dores de cabeça para a Globo, mas estava longe de ser uma sentença de morte. O hábito de acompanhar as telenovelas era muito mais enraizado nos telespectadores, facilitando a retomada dos pontos perdidos no Ibope.
Em vez da programação linear, que trabalha principalmente com o costume do telespectador, o streaming oferece o acesso imediato a diversas produções. O público não precisa se sentar todos os dias em frente à TV para acompanhar uma mesma história, já que pode maratoná-la de uma vez só. Ou, ao menos, assistir a todos os episódios já liberados.
Não à toa, a Globo atualmente sofre muito mais para recuperar o público que afastou com fracassos recentes, como Um Lugar ao Sol (2021) e Travessia (2022). A perda do hábito é fatal para a TV, porque agora o telespectador que desistiu de acompanhar uma produção pode nunca mais voltar àquela faixa.
Os 30 pontos que Terra e Paixão (2023) alcançava simplesmente evaporaram em alguns meses com Renascer (2024) e se tornaram praticamente inalcançáveis para Mania de Você, que até agora não chegou a 25.
Esse cenário de “terra arrasada” já virou mais uma realidade do que uma exceção para a Globo. Vale Tudo vai confirmar se a emissora vai entrar em sua “era Mad Max” no Ibope, ou se ainda é possível uma reação.














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