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    EUA vão cancelar vistos de brasileiros ligados ao Mais Médicos

    Segundo o secretário Marco Rubio, restrição faz parte de medidas para desmontar o que ele chamou de “exportação de trabalho forçado do regime cubano”

    Os Estados Unidos anunciaram que vão revogar vistos de funcionários do governo brasileiro e ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) vinculados ao programa Mais Médicos. Em publicação no X feita nesta quarta-feira (13/8), o secretário de Estado Marco Rubio chamou o programa de “golpe diplomático” e “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”.

    O Departamento de Estado informou que cancelou os vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, servidores do Ministério da Saúde na época do Mais Médicos que atuaram na implementação do programa. Segundo o texto, as autoridades brasileiras teriam usado a OPAS para driblar as sanções dos EUA a Cuba. Sales, médico doutor em Saúde Integral, continua no MS, onde ocupa o cargo de secretário de Atenção Especializada à Saúde. Já Kleiman é coordenador-geral para a COP30 na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

    Segundo Rubio, ação faz parte de medidas para desmontar a prática de intercâmbio de profissionais cubanos. Além de Cuba, a restrição pode afetar funcionários dos governos de Granada e de países do continente africano.

    O cancelamento de vistos se soma a uma série de medidas impostas contra autoridades brasileiras pelos Estados Unidos. Nas últimas semanas, a pasta de Rubio revogou os vistos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e familiares. Também foram afetadas pessoas classificadas como “aliados” de Moraes, como os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, além do procurador-geral da República Paulo Gonet.

    Moraes também foi sancionado pela Lei Magnitsky, medida aplicada pelos EUA a estrangeiro acusados por eles de violar direitos humanos.

    Mais médicos

    Lançado em 2013, o Programa Mais Médicos reúne uma série de medidas implementadas pelo governo federal para aumentar o número de profissionais da medicina na atenção básica em saúde e atender a demandas de regiões remotas e de difícil acesso.

    A iniciativa passou por um período de esvaziamento de médicos entre 2016 e 2018, quando os médicos cubanos, que preenchiam cerca de 8 mil vagas, anunciaram a saída. Segundo o governo cubano, a decisão foi tomada após mudanças no contrato e declarações do recém eleito Jair Bolsonaro (PL).

    O programa esteve vigente até 2019, quando o então presidente anunciou que não faria novas contratações após o fim dos contratos vigentes. No mesmo ano, ele anunciou o Médicos pelo Brasil, que substituiria gradativamente o antecessor, programa teve o primeiro contrato só em 2022.

    Em 2023, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou com o Mais Médicos, que segue vigente.

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