As redes varejistas Oxxo e Kalunga são citadas como suspeitas de envolvimento no esquema bilionário de corrupção fiscal que levou à prisão do empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, de um diretor da rede Fast Shop e de um auditor da Receita Estadual, em operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP), deflagrada nesta terça-feira (12/8).
Um documento do MPSP obtido pelo Metrópoles aponta que o fiscal Artur Gomes da Silva Neto “também vem recebendo propina por parte de outras grandes empresas para beneficiá-las em questões tributárias, adotando o mesmo modus operandi ora relatado”. A empresa Oxxo é citada como exemplo de possível beneficiada pelo esquema do fiscal, junto com a Kalunga e outras três empresas de menor porte.
Em outro ponto da apuração do MPSP, uma assistente do auditor é citada como quem “ajuda o fiscal na compilação dos documentos necessários para que as pessoas jurídicas corruptoras pleiteiem o ressarcimento de créditos tributários de ICMS-ST”.
Em um e0mail, consta documento enviado pela Diretoria de Fiscalização informando a recusa de arquivo digital enviado pela Kalunga. Entre parênteses, os promotores pontuam que tudo indica “que tal empresa também vem se beneficiando dos préstimos do fiscal”.
Como funcionava o esquema de corrupção
- O esquema envolvia o pagamento de propina para o auditor fiscal de alto escalão da Secretaria da Fazenda, Artur Gomes da Silva Neto
- Artur Gomes da Silva Neto manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas.
- Essas empresas, entre elas a Fast Shop e a Ultrafarma, eram beneficiadas, deixando de contribuir devidamente ao estado de São Paulo.
- Em contrapartida, Arthur Neto recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe.
O Metrópoles procurou as empresas Oxxo e a Kalunga por meio dos e-mails citados em seus sites, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.















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