O dólar encerrou a sexta-feira (7) em alta, cotado a R$ 5,79, após um dia de ajustes no mercado cambial. Apesar dessa valorização no fechamento do dia, a moeda americana acumulou uma queda de 2,13% na semana, após ter atingido R$ 5,9163 na sexta-feira passada. A moeda brasileira foi pressionada por uma combinação de fatores internos e externos que afetaram seu desempenho.
No cenário doméstico, o resultado abaixo das expectativas do PIB no quarto trimestre de 2024, com um crescimento de apenas 0,2% em relação ao trimestre anterior, afetou a confiança dos investidores no Brasil. A expansão anual de 3,4% também ficou abaixo das projeções, reduzindo a atratividade do país para novos investimentos e indicando um espaço restrito para possíveis aumentos da taxa Selic.
No plano internacional, indicadores econômicos desfavoráveis da China, com uma queda mais acentuada do que o esperado nas importações, pressionaram as moedas de mercados emergentes, incluindo o real. Além disso, a incerteza gerada pelas políticas protecionistas de Donald Trump continua a preocupar os investidores, resultando em um movimento de realização de lucros nas moedas emergentes após semanas de valorização.
Por outro lado, o dólar perdeu força frente a outras divisas globais, especialmente o euro, após a divulgação do relatório de empregos nos Estados Unidos. O payroll de fevereiro mostrou a criação de 151 mil vagas, mas a taxa de desemprego subiu de 4% para 4,1%, e o aumento dos salários por hora foi de 0,28%, abaixo da expectativa de 0,3%. Esses dados aumentaram as especulações de que o Federal Reserve poderia começar a reduzir as taxas de juros ainda no primeiro semestre de 2024.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que a política monetária está bem posicionada para lidar com as incertezas globais, mas alertou que as taxas de juros podem permanecer elevadas por mais tempo se a economia dos EUA continuar aquecida e a inflação não recuar. O mercado agora divide as expectativas sobre o possível início dos cortes de juros, com maio ou junho sendo apontados como os meses mais prováveis.
Com a máxima do dia atingindo R$ 5,8002, o dólar terminou a sessão com alta de 0,53%. No entanto, a moeda norte-americana fechou a semana com perdas, refletindo um movimento de correção após o forte avanço dos últimos dias.














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