Quando o assunto é o crescimento do país, a maioria das pessoas logo pensa em uma sigla: PIB. Os números do Produto Interno Bruto parecem avaliar o grau de felicidade de um povo.
O PIB é um indicador criado para medir o tamanho e a saúde da economia de uma região. Ele consiste no somatório do valor dos bens e serviços produzidos num determinado período de tempo.
Na prática, essa felicidade ou grau de satisfação depende muito de como essa riqueza produzida é distribuída. Caso ela se concentre nas mãos de poucos, a grande maioria da população ficará com a distribuição da pobreza.
Há, porém, outra questão. Essa riqueza gera tributos para os cofres do poder público. E o que se espera é que eles revertam em benefícios para o cidadão. Que sejam destinados a políticas públicas de educação, saúde, segurança, saneamento básico, transportes. E que ainda figurem no orçamento como investimentos em obras de infraestrutura e em projetos de fomento da própria economia.
Tudo deve fazer parte do objetivo maior que é melhorar a vida das pessoas.
Nem sempre isso acontece. Basta examinarmos os números de um outro indicador chamado IDH – Índice de Desenvolvimento Humano. Ele foi criado pela ONU e reúne dados do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
O IDH é calculado a partir de uma média de indicadores de renda, saúde e educação. Varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1 é a pontuação, significa que o país está bem em termos de educação, saúde e renda per capita, e isso se reflete em outras áreas.
Segundo dados de 2024, o IDH do Brasil é de 0,786, considerado alto pelos padrões da ONU. Entretanto, comparado com outros 192 países, ficamos em 84º. lugar no ranking do desenvolvimento humano. Conseguimos avançar 5 pontos nos últimos anos, mas na América do Sul ficamos atrás da Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile e Peru. Não retrocedemos, porém, o crescimento deles foi maior e mais rápido.
Podemos melhorar nossa posição, mas esse esforço vai depender, antes de mais nada, de vontade política.
Por Gilberto Silos
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