A notícia já foi divulgada na imprensa. Alguns municípios do interior paulista decretaram emergência hídrica. Foram mencionados Americana, Bauru, Rio Claro, Araraquara, Atibaia e São José do Rio Preto. Os prefeitos dessas localidades estabeleceram medidas restritivas ao consumo de água.
Quem não se lembra da crise hídrica de 2015, que causou transtornos à população e prejuízos à economia do Estado?
A expectativa era de um maior volume de chuvas a partir de outubro o que não se confirmou. Pela primeira vez em 10 anos o nível dos reservatórios da Região Metropolitana de São Paulo se encontra abaixo de 30%.
A continuar assim, muitos municípios já devem pensar em fontes alternativas de captação.
Porém, se não chove ou chove pouco, há que considerar também uma outra realidade no Brasil. Em nosso país desperdiça-se muita água, principalmente aquela já submetida a tratamento, justamente a mais consumida pela população. Acontece antes de chegar às torneiras.

Informações do SINISA – Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico confirmam a existência desse desperdício. Dados de 2023 indicam 40,3%. O percentual varia de Estado para Estado.
Esse desperdício é de responsabilidade do Poder Público, diretamente ou por meio de suas concessionárias. Essa ineficiência no processo de gestão e operação desse precioso recurso natural exige cada vez mais captação de água em sistemas hídricos que dependem da “generosidade de São Pedro” para sustentar-se.
O Brasil tem as maiores reservas de água doce do mundo, mas nem por isso se pode dar ao luxo de jogar água fora.
Por Gilberto Silos














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