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    Condenada no Brasil, deputada Carla Zambelli é presa na Itália

    Lula Marques/ Agência Brasil

    A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi detida na tarde desta segunda-feira (29), em Milão, na Itália, após a emissão de um mandado internacional de prisão relacionado à sua condenação no Supremo Tribunal Federal (STF). A parlamentar, que teve o mandato cassado recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é investigada por promover fake news e incitar práticas criminosas durante o processo eleitoral de 2022.

    Zambelli embarcou para a Europa nos últimos dias, sob justificativa de compromissos políticos. No entanto, autoridades brasileiras viram a viagem como possível tentativa de escapar das consequências judiciais após o agravamento de sua situação. A Interpol foi acionada pelo Brasil por meio de difusão vermelha, o que permitiu sua captura pela polícia italiana.

    Até o momento, a equipe de defesa da ex-parlamentar não se pronunciou publicamente. Contudo, aliados próximos alegam que ela considera a prisão um ato de “perseguição política” promovido pelo sistema judiciário. Zambelli, figura de destaque do bolsonarismo no Congresso, já era investigada em outros processos, incluindo um episódio em que perseguiu um jornalista com arma em punho nas ruas de São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições.

    A cassação de seu mandato foi aprovada por ampla maioria no TSE, com base em provas de uso sistemático de desinformação e ataques ao sistema eleitoral. Embora a decisão seja passível de recurso, os efeitos legais foram imediatos. Zambelli deixou o Brasil antes que sua pena fosse executada oficialmente, reforçando suspeitas de fuga premeditada.

    A prisão em solo europeu reacende discussões sobre o uso de mecanismos internacionais contra agentes públicos envolvidos em ataques à democracia e ao Judiciário. Enquanto defensores das instituições veem a medida como legítima e necessária, setores da direita classificam a ação como “lawfare” e denunciam viés ideológico. O caso ainda pode gerar tensões diplomáticas, caso a extradição enfrente resistência por parte das autoridades italianas.

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