Três indivíduos foram presos no município de Manacapuru, no interior do Amazonas, sob suspeita de envolvimento em um esquema de adoção ilegal. Conforme a Polícia Civil do Amazonas, o grupo tentou comprar um bebê recém-nascido por R$ 500. A denúncia partiu de moradores da região, que alertaram as autoridades ao notarem movimentações suspeitas em uma lanchonete local, o que possibilitou a rápida ação da polícia.
Entre os detidos estão Luiz Armando dos Santos, Wesley Fabiano Lourenço — ambos naturais de Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo — e José Urbelan Pinheiro de Magalhães, conhecido como “Sabão”, de 47 anos. Segundo os investigadores, Sabão atuava como intermediário na negociação e foi responsável por apresentar a mulher que aceitou entregar o bebê logo após o nascimento. Como pagamento, teria recebido R$ 500 via PIX.
As autoridades informaram ainda que um dos suspeitos esteve presente durante o parto e se passou pelo pai biológico da criança no hospital, a fim de obter a certidão de nascimento. Contudo, como o sistema eletrônico estava inoperante no momento, o registro oficial não foi emitido. Algumas horas depois, ao retornarem à maternidade, o casal foi surpreendido pela polícia e preso em flagrante. O intermediário foi localizado logo na sequência.
A mãe da criança, de 31 anos, permanece internada e será ouvida pelas autoridades assim que tiver alta médica. Conforme relatos iniciais, ela teria concordado com a entrega do bebê como forma de quitar uma dívida com um agiota. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanha o caso desde o início, garantindo o bem-estar do recém-nascido, que segue sob observação médica.
Casal aguardava o nascimento desde junho
As investigações apontam que o casal detido havia chegado à cidade ainda em junho, com o objetivo de aguardar o parto e levar o bebê para Ilhabela. A polícia também apura se eles já teriam levado outra criança anteriormente em circunstâncias semelhantes. Há ainda suspeitas de envolvimento de uma mulher residente em São Paulo, conhecida por ter participado de outros casos de adoções ilegais.
Durante a operação, celulares dos suspeitos foram apreendidos, e a quebra de sigilo das comunicações deve ser solicitada pela polícia, com o intuito de identificar possíveis cúmplices e aprofundar a responsabilização criminal dos envolvidos.
A Polícia Civil do Amazonas segue à frente das investigações. Os três detidos permanecem sob custódia da Justiça. O bebê está sendo devidamente assistido pelos órgãos competentes.














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