A Polícia Militar de São Paulo deu um importante avanço nas investigações sobre o assassinato no aeroporto de Guarulhos, ocorrido no dia 9 de novembro. Durante uma operação da Corregedoria da PM, 15 policiais militares foram detidos, incluindo o suspeito de ser o responsável pelos disparos que mataram Vinicius Gritzbach.
Entre os presos, 14 faziam parte de uma escolta ilegal de segurança pessoal de Gritzbach, utilizando veículos que imitavam viaturas descaracterizadas para dar a impressão de legitimidade à operação. Um dos tenentes estava envolvido na organização das escalas de serviço para facilitar essas ações criminosas. O 15º preso, identificado como o atirador, teve sua prisão temporária decretada após uma investigação que utilizou quebras de sigilo telefônico, análise de estações rádio-base e imagens de câmeras de segurança.
Desvios de conduta e envolvimento com o crime organizado
Segundo o corregedor da PM, coronel Fábio Sérgio do Amaral, Vinicius Gritzbach era delator e réu por duplo homicídio de líderes do PCC, além de estar envolvido com lavagem de dinheiro para a facção criminosa. Mesmo com essas informações, os policiais participaram voluntariamente da segurança pessoal dele, sendo agora considerados membros da organização criminosa.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, reafirmou que desvios de conduta serão severamente punidos. “Esses casos são a exceção da exceção. Quem cometer desvio de conduta responderá por seus atos, mas o nome da instituição não será manchado por esses indivíduos”, afirmou Derrite.
Com a prisão de um dos atiradores, a investigação agora se concentra no mandante do crime. A diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, informou que há evidências indicando um membro do PCC como responsável. “Temos quebras de sigilo telefônico que indicam outros envolvidos. As linhas de investigação estão avançando, e esperamos identificar o mandante em breve”, declarou Aleixo.














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