Celebrado nesta quarta-feira (20), o Dia da Consciência Negra volta a colocar no centro do debate nacional a trajetória, os desafios e as contribuições da população negra na formação do Brasil. A data, instituída oficialmente em 2011, marca o aniversário de morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo máximo da resistência contra a escravidão.
Mais do que uma homenagem histórica, o dia se tornou um momento de reflexão sobre o impacto persistente do racismo estrutural e das desigualdades sociais que ainda atingem de forma desproporcional a população negra. Indicadores de educação, renda e violência mostram que, mesmo após mais de um século da abolição, o país ainda convive com profundas disparidades.
Escolas, coletivos culturais, universidades e movimentos sociais promovem ao longo da semana uma série de atividades voltadas à preservação da memória afro-brasileira, à valorização da cultura negra e ao enfrentamento da discriminação. Em diversas cidades, seminários, rodas de conversa e manifestações culturais buscam dar visibilidade às narrativas que, por décadas, foram apagadas ou minimizadas nos ambientes oficiais.
Para especialistas, o Dia da Consciência Negra cumpre um papel fundamental ao reafirmar a importância histórica e cultural do povo negro, mas também ao lembrar que o combate ao racismo exige ações permanentes, políticas públicas consistentes e participação social ativa.
A data, portanto, vai além da celebração: representa um chamado à responsabilidade coletiva para que o Brasil avance em direção a uma sociedade mais justa, igualitária e consciente de sua própria história.














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