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    “Tremembé”: Elize Matsunaga ligou para a polícia dias antes do crime

    Registro mostra que Elize pediu ajuda e relatou ameaças de Marcos Matsunaga semanas antes do crime

    A série Tremembé, da Prime Video, acompanha a vida na prisão de criminosos notórios do Brasil. Entre nomes de peso como Suzane von RichthofenCristian e Daniel Cravinhos e Alexandre Nardoni, a personagem de Elize Matsunaga destaca-se por ter ganhado a empatia do público — condenada a 19 anos e 11 meses por matar e esquartejar o marido, o executivo Marcos Kitano Matsunaga.

    E a arte imita a vida. Ulisses Campbell, autor dos livros que inspiraram a série, revelou que, quando Elize deixou a chamada “prisão dos famosos”, havia pessoas aplaudindo-a na porta. “As pessoas acreditam que Marcos Matsunaga era um homem extremamente violento, não só com ela, mas com outras mulheres. Isso gerou uma certa compreensão”, explicou em entrevista à CNN Brasil. “Enquanto o brasileiro tem um fascínio quase fetichista por Suzane von Richthofen, a Elize provoca um sentimento de acolhimento. Ela é vista como alguém que reagiu a um ciclo de abuso.”

    O caso de Elize voltou a ser comentado nas redes sociais, com a criminosa sendo descrita pelos internautas como um ícone feminista que agiu em legítima defesa, cujo único erro foi ter ocultado o corpo do marido. Com a repercussão, uma ligação de Elize para o serviço de emergência da polícia militar feita 25 dias antes do assassinato de Marcos também foi evidenciada — o que aumentou a teoria de que Elize estaria em situação de vulnerabilidade.

    Na ligação, Elize relata ter sido ameaçada pelo marido, e pergunta às autoridades se poderia trocar a fechadura da porta. O policial pergunta há quanto tempo eles estão casados, no que Elize responde e ele diz: “Cinco anos. Ele tem direito a entrar na residência também”. “Mesmo me ameaçando?”, ela insiste.

    “Bom, eu não sei o que está acontecendo no local. Se a senhora quiser, eu cadastro uma ocorrência para senhora para conversar com o policial no local”, concluiu o atendente. Elize registrou a ocorrência, decisão que o promotor do caso apontou como prova de um assassinato planejado. No dia da ligação, viaturas chegaram a ser enviadas ao apartamento, onde ninguém foi encontrado.

    Bianca Lucca – Repórter

    Jornalista pelo Centro Universitário de Brasília, apaixonada por literatura e questões sociais. Passou pela editoria de Cultura e agora escreve para o CB On-line, onde assina o Blog Daquilo.

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