No lendário festival de contracultura de Woodstock, realizado em 1969 nos Estados Unidos, uma frase corria solta entre os participantes: “Hoje é o primeiro dia do resto de minha vida.” Ela acabou se popularizando no movimento hippie dos anos 60.
Essa frase pode ser objeto de várias interpretações, mas a grosso modo significa que “cada dia é uma oportunidade de recomeçar algo novo na vida, independente de fatos ou circunstâncias passadas.
Há outros entendimentos a respeito, quase todos afins à essa mesma ideia. Ou seja, dá para perceber uma convergência em torno de que se trata de um convite para viver com intensidade o momento presente como este sendo a única realidade possível. Nesse pensamento há uma relação do homem com o tempo.

Encontramos essa ideia também nas obras de Eckhart Toller, escritor contemporâneo, a partir de seu best seller “O Poder do Agora”.
Para Toller, o alinhamento da vida ao momento presente, no eterno “aqui e agora”, oferece uma nova percepção da realidade, desconhecida pela grande maioria das pessoas. E, segundo esse autor, isso produz uma transformação na consciência.
Segundo essa linha de pensamento, é possível viver num estado de consciência onde os fatos e o comportamento humano são percebidos sob outra perspectiva, acima de rótulos e juízos de valor, em sua essência mais profunda. Seria perceber as coisas como elas são realmente, sem interferências de fatores externos tais como emoções , preconceitos ou distorções de qualquer natureza.
Bem, o entendimento e aceitação dessas ideias implica, por suposto, uma revisão do conceito de tempo , que nos coloca sempre diante do passado e do futuro como realidades inevitáveis. A ideia de que vivemos no tempo nos aprisiona e impede de percebermos a eternidade contida em cada momento, porque esse instante vivido é único no cosmos e jamais se repetirá.
Eis um tema para reflexão.
Por Gilberto Silos














Deixe um comentário