Uma força-tarefa envolvendo a Polícia Militar, o Ministério Público e a Secretaria da Fazenda de São Paulo desarticulou, nesta quinta-feira (25), um gigantesco esquema de lavagem de dinheiro ligado ao comércio de combustíveis. A ação, chamada Operação Spare, é um desdobramento da Operação Carbono Oculto, iniciada em agosto, e revelou que o grupo criminoso movimentava recursos por meio de 267 postos de combustíveis, mais de 60 motéis e até uma fintech criada para dar aparência legal às transações.
De acordo com a Fazenda Estadual, já foram lavrados autos de infração que ultrapassam R$ 7 bilhões, além de R$ 500 milhões que foram inscritos em dívida ativa. Os investigadores apontam que a organização mantinha ligação direta com integrantes de uma facção criminosa e utilizava empresas de fachada e um sistema de movimentações financeiras complexas para ocultar a origem ilícita do dinheiro.
A operação cumpre 25 mandados de busca e apreensão em diversas cidades da Grande São Paulo, Baixada Santista, Vale do Paraíba e na capital. Mais de 110 policiais militares do Comando de Choque, além de agentes da Receita Federal e da Procuradoria-Geral do Estado, participam da ofensiva.
O governador Tarcísio de Freitas afirmou que o objetivo é promover a “asfixia financeira” das organizações criminosas. Já o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, reiterou que o combate ao crime organizado é prioridade do governo.
As investigações começaram em 2020, a partir do rastreamento de máquinas de jogos ilegais em Santos. O cruzamento de informações revelou a existência de uma fintech que centralizava pagamentos e facilitava operações de compra de metanol para abastecer os postos envolvidos no esquema.
Com a Operação Spare, o governo reforça a integração entre forças policiais e órgãos de controle, buscando reduzir a capacidade financeira de organizações criminosas e proteger o mercado formal de combustíveis da concorrência desleal.














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