O laudo pericial da Polícia Civil concluiu que o cavalo ainda estava com sinais vitais quando teve as patas decepadas pelo próprio tutor, no último 16 de agosto. O caso, ocorrido no município de Bananal, no interior de São Paulo, provocou comoção em toda a região e segue sendo investigado.
O delegado Rubens Luiz Fonseca Melo, responsável pela apuração, divulgou a conclusão em um vídeo publicado nas redes sociais, ao lado da médica veterinária Luana Gesualdi, que acompanha o processo de forma voluntária. Segundo ela, os hematomas identificados só poderiam ter sido causados em um animal ainda vivo.
“Infelizmente, foi em vida. As marcas confirmam que o cavalo tinha circulação ativa no momento das agressões. Em animais já mortos, não é possível gerar tais hematomas”, explicou a veterinária.
O tutor do cavalo, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, confessou ter utilizado um facão para mutilar o animal. No entanto, declarou acreditar que o cavalo já estivesse morto. Em seu depoimento, afirmou estar embriagado e transtornado e disse estar arrependido. Apesar da confissão, ele não foi preso.
Repercussão e providências
A ocorrência foi registrada como maus-tratos com agravante resultando em morte. O laudo já foi encaminhado ao Ministério Público de São Paulo, que decidirá se o jovem será indiciado.
A Prefeitura de Bananal também se manifestou, repudiando o ato e destacando que acompanha o caso junto às autoridades policiais e ambientais.
“Reforçamos nosso compromisso em proteger os animais e trabalharemos para que este episódio não fique impune”, informou a nota oficial.
O caso
Conforme o boletim de ocorrência, o tutor participava de uma cavalgada na zona rural quando o cavalo branco que montava caiu exausto ao chão. Uma testemunha relatou ter ouvido o jovem dizer: “se você tem coração, melhor não olhar”. Na sequência, ele puxou o facão e amputou a pata dianteira do animal.
O colega que presenciou a cena ficou em choque, passou mal e deixou o local. O corpo do cavalo foi enterrado depois do ocorrido.
As imagens do cavalo caído, compartilhadas nas redes sociais, geraram repercussão nacional e ampliaram a pressão para que a Justiça responsabilize o tutor pelo crime.














Deixe um comentário