A Justiça decidiu manter a detenção do casal homossexual de Ilhabela, acusado de envolvimento na suposta compra de um recém-nascido — um caso que ganhou repercussão nacional e provocou revolta nas redes sociais. Weslley F. L., de 38 anos, e Luiz A. dos S., de 40, se apresentaram voluntariamente à polícia na tarde de quinta-feira (17) e participaram de uma audiência de custódia na sexta-feira (18), após serem considerados foragidos.
O mandado de prisão preventiva foi emitido pela Justiça do estado do Amazonas, local onde o suposto crime aconteceu, na cidade de Manacapuru. Segundo as investigações, o casal teria desembolsado R$ 500 pela criança e tentado formalizar o registro em cartório — tentativa que não se concretizou por conta de falhas no sistema. O bebê foi acolhido imediatamente por uma entidade de proteção infantil e permanece sob acompanhamento do Conselho Tutelar.
O caso voltou a ganhar destaque após a audiência confirmar a legalidade da prisão, um procedimento padrão que verifica possíveis irregularidades no momento da detenção. O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que os autos serão remetidos ao juízo competente no Amazonas, responsável por autorizar a ordem de prisão.
Após se entregarem, os dois foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraguatatuba. Ainda não há definição oficial sobre o destino final do casal no sistema prisional.
O advogado que representa os acusados afirmou à imprensa que ambos decidiram se apresentar de forma espontânea e estão dispostos a colaborar com as autoridades, reforçando a intenção de provar inocência ao longo do processo. Além do casal, um terceiro indivíduo, de 47 anos, também foi preso, sendo identificado como o responsável por intermediar a negociação ilegal.
As investigações seguem em curso, e até o momento a Justiça mantém os envolvidos sob custódia enquanto o caso avança juridicamente.
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